A EXPERIÊNCIA EXTRA-SENSORIAL E A BÍBLIA.

A parapsicologia e a Confissão Positiva têm se dedicado  e a estudar o poder da mente a induzi-la a produzir ações, manifestações físicas e até curas em pessoas. Algumas vezes os chamados parapscóligos têm agido em áreas  como a telepatia, clarividência, psicocinesia (movimentação de objetos), conhecimento prévio, retrognição (revisão do passado), sonhos, curas, projeção da psiquê etc. A “Confissão Positiva” tem sido usada até por “evangélicos” desinformados e sem fundamentação bíblica para fazerem declarações proféticas, e coisas semelhantes.

Penso sinceramente que muito do que é chamado de fenômeno extra-sensorial não passa de charlatanismo. Hoje em dia se sabe que é muito fácil fazer “truques” para enganar os incautos. Fenômenos meramente físicos são usados para dar a impressão de ser algo sobrenatural. Neste sentido há até falsos líderes espirituais que se utilizam destes recursos, na maioria das vezes para arrancar dinheiro de seus fiéis, o que nos entristece demais.

            Mas há um mundo sobrenatural que permeia o nosso. A Bíblia fala da realidade de poderes que fogem à realidade física. Paulo fala de coisas invisíveis, no entanto, ele as relaciona a poderes angelicais (Cl. 1:16).          
            Muitas vezes esta experiência sobrenatural vem do maligno. Os demônios, que são anjos caídos, podem dar a uma pessoa o poder de adivinhação, por exemplo. (At. 16:16-19). Somos informados que os magos do Egito produziram efeitos sobrenaturais, no entanto, aquilo foi considerado como uma ação contrária a Deus e não uma ação de Deus (Ex. 7:10-12; 7:20-22; 8:6-7). Em Deuteronômio 13:1-6, temos uma amostra de que a fonte de manifestações psíquicas pode ser de origem maligna. Vemos neste texto que tanto a premonição, como sonhos que parecem se cumprir podem não vir do Senhor, mas do Diabo.

No Novo Testamento somos orientados pelo próprio Senhor Jesus que nos últimos dias surgiriam muitos falsos profetas que fariam tantos sinais e maravilhas que se possível fosse, enganariam até os escolhidos (Mc. 13:22).
o Apóstolo Paulo também aborda sobre aa “eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios de mentira” (2Ts. 2:9). Em Apocalipse 16:14 temos informações de “espíritos de demônios, que operam sinais”.

Informações assim nos mostram que muito dos poderes psíquicos não derivam necessariamente do homem, mas de uma fonte maligna externa a ele que age nele.  
           Deus, sabendo desta índole do homem e do diabo para o mal, proíbe a feitiçaria, a necromancia e a adivinhação (Lv. 19:26; Dt. 18:12). Todas estas práticas produzem fenômenos muito parecidos com aqueles estudados pelos parapsicólogos e adeptos da Confissão Positiva. Neste sentido quase tudo desta atividade extra-sensorial tem origem diabólica e é nociva aos homens. A linha que separa estes eventos de bruxaria e feitiçaria é muito tênue e ninguém deveria se arriscar a praticá-los. Como bem descreveu alguém:       

“Com este disfarce, atividades mediúnicas camuflam-se em poderes mentais, aprisionados os praticantes e espalhando influência demoníaca. Com este recurso, a falsa parapsicologia tem conseguido popularizar práticas que eram comuns entre bruxos e feiticeiros. Se os limites dos seres humanos estão sendo vencidos, isto acontece por meio de envolvimento e influência do mundo dos espíritos. A busca pelo “poder mental”, ou “eu superior” ou o “potencial divino” tem posto o homem em contato com fontes maléficas” (Revista Apologética).

Usar estes instrumentos como auxílio à fé em Deus é um erro que pode custar a alma. Quando líderes espirituais usam expressões tais como, “Eu declaro, eu ordeno, tome posse”, são palavras  sem sentido algum a não ser para uma abertura para que Satanás se aproveite de mentes fracas para agir de alguma forma. Uma confissão assim tem sua força no homem e não em Deus e não encontramos na Bíblia nada parecido com isso como aceitável.

Os Apóstolos tiveram muita experiência de milagres, no entanto eles eram cuidadosos e atribuiam a Deus todo o mérito, como no caso de Ananias e Safira, em Atos 5; ou na cura do paralítico à porta do Templo de Jerusalém, em Atos 3:12). Eles sabiam que eram apenas instrumentos de Deus e jamais pensariam em agir como se fossem o próprio Deus.

Paulo no mesmo espírito nos que ensina: Porque não ousarei dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito [...] pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus...” (Rm. 15:18-19).     


            O que devemos fazer então? É simples: nos firmarmos na Palavra de Deus. Ali estão os parâmetros para a nossa fé, e a fonte segura para a nossas almas. Estudar a Bíblia com cuidado, frequentar uma igreja que realmente vive e ensina as Escrituras Sagradas é o caminho que todos nós deveríamos trilhar.

Não devemos nos impressionar com parapsicólogos e líderes que em nome de uma “fé em si mesmo”, afastam as pessoas de uma dependência genuína de Deus. A fé cristã é simples.