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BUSCANDO A PUREZA DA IGREJA.





2 Co 11.1-6

Qual é o alvo de um líder para a sua igreja? Com certeza temos bons alvos. O nosso coração e mente são treinados para pensar e buscar o melhor da igreja. Temos alvos de crescimento, de plantação de novas igrejas. Podemos buscar as oito marcas de qualidade das igrejas que mais crescem no mundo. Tudo isso é muito bom e a ausência de alvos assim tende a fazer a igreja murchar. Mas há, por cima destes alvos, e permeando todos eles, um alvo maior, e Paulo o descreve aqui. Ele trabalhava para que a igreja fosse pura para Cristo (v. 2).

Paulo tem uma preferência pela palavra pureza.

Em 2 Co 6.6 ele se apresenta como um obreiro que se qualifica pela pureza, dentre outras qualidades.

Aqui em 2 Co 11.3 ele destaca a necessidade de se manter uma pureza doutrinária. 

Timóteo deveria ser um exemplo de pureza para os demais (1 Tm 4.12).
Paulo entende que este é o propósito do seu ministério. Ele deveria ensinar e cuidar da igreja para que ela seja cada vez mais pura aos olhos de Cristo. É o mesmo princípio de Efésios 5.26 e 27. Jesus quer isso também. Ele quer que a igreja se santifique, que seja purificada pela lavagem de água pela palavra para quase seja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisas semelhantes, porém santa e sem defeito.

Que desafio nós temos o de seguir os mesmos passos. Ser agentes de Deus para que a igreja de Cristo seja cada vez mais pura.
Agora Paulo faz uma comparação entre o que mantém uma igreja impura e pura, doente e sadia. Ele faz três correlações:

1-      Loucura e zelo.

Paulo tinha sentimentos tão fortes pela igreja de Cristo que poderia passar aos olhos de alguns como se fosse uma pessoa louca (v.11). Mas o sentimento não era loucura, era um zelo muito especial (v.2). Às vezes o zelo pode parecer loucura. Paulo diz, a minha loucura. Nos versos 16 e 17 ele não se importa em se apresentar como um insensato e louco.

Parece que muitos dos nossos sentimentos e pensamentos em relação à igreja são meio “loucos”. Pode parecer que o nosso zelo seja tão grande que alguns, ou muitos, nos leem como insanos e loucos. Parece que a sanidade é entendida quando seguimos a maioria. Pedro fala de um pensamento estranho do mundo em relação a nós. Diz-nos ele: Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão (1 Pe 4.4).

Mas, conquanto chamados de loucos, não devemos abrir mão do zelo pela pureza da igreja. O zelo nos faz agir com paixão. É triste quando não temos paixão por nada, nem mesmo pela santidade da igreja. 

2-      Simplicidade e Engano.

Nos versos 3 e 4 Paulo nos remete ao Éden. Ele nos informa que uma guerra começou ali e ainda não terminou. Uma guerra patrulhando a mente dos filhos de Deus. Ali, astutamente a serpente enganou Eva. Da mesma forma a serpente, Satanás, ainda tenta atuar em nossos pensamentos e especialmente na mente do rebanho. A guerra ainda não terminou. Satanás agiu no Jardim do Éden. Ele também buscou espaço na mente de Jesus no deserto, na tentação. E ele, conforme Paulo busca espaço hoje na igreja. E qual a forma de ele agir hoje? Paulo explica: Tirando a igreja da simplicidade e pureza devidas a Cristo (v.3) e apresentando um evangelho diferente do que eles tinham recebido (v.4). Penso que em cada época Satanás tem um “evangelho diferente”, que ultrapassa ou diminui ou tira a simplicidade do verdadeiro evangelho. Poderíamos fazer uma lista enorme, mas o melhor caminho não é conhecer o evangelho diferente, é conhecer bem, com profundidade o verdadeiro evangelho, a verdadeira palavra. Seja o que for que vier pela frente, o compararemos com o evangelho de Cristo. Se não for simples como o evangelho, se for aquém ou além do evangelho, devemos rejeitar, porque tirará a pureza devidas a Cristo. Às vezes este falso e complicado evangelho vem em forma de engano e astúcia, como as palavras da serpente à Eva, mas no final tiram de nós o melhor de Deus. Eva perdeu muito, a igreja perde muito em se deixar enganar.

3-      Conhecimento e Eloquência

Nos versos 5 e 6 Paulo tira a ênfase da doutrina, do que é ensinado e a coloca nas pessoas que ensinam, no orador. A igreja de Corinto estava encantada com alguns apóstolos e fazendo uma comparação entre eles e o próprio Paulo (v.5).

Alguns homens eram “tolerados” e até aceitos pela igreja, mesmo tendo um evangelho diferente, falso e complicado, porque eram eloquentes, tinham uma boa oratória, uma boa retórica, parecida com a da serpente no Jardim. Por outro lado, Paulo era desprezado por esta fraqueza de oratória (v.6). Pode ser que alguns dos aplaudidos pela igreja de Corinto sejam também verdadeiros ministros de Cristo, mas eram aplaudidos pela retórica e não pelo conhecimento. Nos versos 18 a 23 Paulo dá continuidade a este pensamento. 

E como Paulo exorta a igreja? Ele diz que o importante é o conhecimento, e não a eloquência. A beleza da linguagem não pode superar a profundidade da Palavra. A forma não pode ser mais importante do que o conteúdo. A criatividade não pode tomar o lugar da profundidade. O belo não substitui a verdade. Paulo não está falando da ausência de trabalho duro ao pregar. Ele afirma que usou de todos os modos para fazer os crentes conhecerem a verdade (v.6). Mas jamais ele seria capaz de trocar esta verdade pela força e beleza da oratória.

Infelizmente as nossas igrejas, através das redes sociais, aprenderam o caminho dos pregadores de boa oratória e de grande eloquência. O nosso trabalho não é fácil. Se Paulo foi fiel ao seu papel, devemos ser no nosso. Pode nos faltar a eloquência, mas não pode faltar o conhecimento. Se faltarem os dois estamos perdidos. A eloquência pode ser um dom natural, mas o conhecimento é fruto de trabalho e dele não podemos abrir mão. A igreja para se manter pura precisa conhecer a Palavra de Deus e este é o nosso papel e a nossa maior tarefa.

Que Deus nos ajude tanto quanto ajudou a Paulo. Que sejamos zelosos em extremo com a igreja de Deus, que ensinemos a simplicidade do evangelho em meio a tantos enganos, e que busquemos conhecer mais a Palavra de Deus, que nos esforcemos de todos os modos para transmiti-lo, e que façamos isso não na força de nossas palavras e eloquência, mas na dependência total de Deus.


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Pr. Luiz César : BUSCANDO A PUREZA DA IGREJA.
BUSCANDO A PUREZA DA IGREJA.
Pr. Luiz César
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