Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. Mateus 28:18-20.
Nunca houve e nunca haverá um tempo em que Jesus
não tenha autoridade absoluta e plena sobre todas as coisas. O Pai lhe sujeitou
tudo; a autoridade já lhe foi dada. Nada
acontece sem a sua permissão. Como bem declarou Hodge, “em todo o Novo
Testamento o título dado a Jesus é de Senhor. Este termo, usado para Jesus,
significa que Ele é proprietário absoluto e governante soberano sobre tudo e
sobre todos” (Teologia Sistemática, Charles Hodge, Hagnos, p.930).
Até mesmo o maligno lhe está sujeito e age tão somente até onde Ele delimitar. Já aqui, entre nós, por várias vezes Jesus subjugou o inimigo de nossas almas. Ele os expulsou, os repreendeu e o derrotou poderosamente. Jesus é o mais valente que entra na casa e amarra o valente que subjuga os homens (Mt.12.22-32).
Sam Storms nos ajuda a expandir esta ideia apontando que o significado do exorcismo de demônios por Jesus em relação ao Reino de Deus é precisamente este: antes da vitória escatológica do Reino de Deus sobre o mal e a destruição de Satanás, o Reino de Deus já invadiu o âmbito de Satanás dando-lhe um golpe preliminar, mas decisivo para a sua derrota (O Evangelho do Centro, Fiel, p. 380).
Nunca houve e nunca haverá um tempo em que Jesus não tenha autoridade absoluta e plena sobre todas as coisas. O Pai lhe sujeitou tudo; a autoridade já lhe foi dada. Nada acontece sem a sua permissão. Como bem declarou Hodge, “em todo o Novo Testamento o título dado a Jesus é de Senhor. Este termo, usado para Jesus, significa que Ele é proprietário absoluto e governante soberano sobre tudo e sobre todos” (Teologia Sistemática, Charles Hodge, Hagnos, p.930).
A autoridade de Jesus não é limitada na terra, assim como não é no Céu. Se o seu reinado fosse diminuto na terra o seria também no Céu. Ele disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Não está escrito aqui que é apenas uma parte da autoridade, mas toda.
Jesus já alertara, no entanto, que o seu Reino seria espiritual e que não haveria nenhuma manifestação visível e terrena dele. Em Lucas 17.20 e 21 lemos: Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.
No texto de Mateus 28.18 Jesus dá autoridade à igreja, não para reinar fisicamente ou algo parecido, mas para evangelizar, para expandir o seu reino espiritual, para ajudar na libertação dos cativos. Nada manifesta a plenitude do reino de Deus entre os homens do que uma pessoa ser libertada do reino das trevas e transportada para o reino do filho do seu amor (Cl1,13).
Jesus também é Senhor da igreja visível, aquela que se reúne em culto e para celebrar a Ceia e o Batismo, bem como para ministração da Palavra e aplicação da disciplina eclesiástica.
A ressurreição de Cristo e a sua ascensão ao Céu também foram descritas por Paulo como o cumprimento da promessa descrita nos Salmos 8.6 de que Deus colocaria todas as coisas debaixo dos pés de seu ungido.
Tal promessa se cumpriu pois em Efésios 1.20 a 22 se diz: o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja.
Paulo tem clareza sobre isso ao descrever o triunfo de Jesus na cruz sobre as forças malignas e ao declarar enfaticamente que ali Jesus despojou os principados e potestades e os expôs publicamente ao desprezo ao triunfar, na cruz sobre eles (Cl 2.15).